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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quais as conseqüências da Queda e da Inimizade do Homem caído no Reino?

Quando o Senhor Deus criou o homem e a mulher eles eram os vice-regentes da criação. O Éden era seu palácio real.
Van Groningem diz: “O jardim do Éden era, também, o lugar do conhecimento e da vida. Estes dois aspectos foram representados pelas duas árvores que Yahweh destacou.”
Adão e Eva tinham conhecimento? É lógico que sim! Como o homem poderia cumprir o mandato cultural se não tivesse conhecimento? Como cumpririam o mandato social se não tivessem conhecimento sexual?
Então, qual razão da árvore do conhecimento do bem e do mal? Qual a razão de Deus ter dado esta ordem: “ Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. 16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Genesis 2:15-17.
A razão é por limites ao homem.
Van Groningem diz:
Um fator essencial a ser compreendido é o fato desta árvore, cujo fruto foi proibido, ter representado a determinação expressa de Yahweh para o homem e a mulher. Eles foram feitos cientes da verdade de que Yahweh, exercitando sua soberania, lhes impôs limitações. Isso significava que existiam experiências e aquisições possíveis em que a humanidade não deveria estar envolvida ou das quais não se deveria apoderar. Deste modo, Deus Yahweh estabeleceu um limite para as experiências de vida dos seus vice-regentes. Eles conhecendo e gozando da bondade que era deles no Èden, não deveriam, em orgulho e auto-engrandecimento, desejar e procurar alcançar mais que aquilo que lhes havia sido dado. Desejar, procurar alcançar e tomar o proibido resultaria em um esforço para ser como Deus (Gn. 3.22)

Dentro desse limite o homem goza real liberdade, paz e comunhão com Yahweh. Mas, acontece algo: o homem quebra o pacto. Esta atitude do homem resultou em rebelião contra Deus. Van Groningem diz:
O mal moral ou espiritual é a condição da criatura de Deus que, tendo sido criada como boa, se rebela e torna-se um adversário rebelde. O ódio, a inveja e a malicia controlam a mente, o desejo e o coração. Os relacionamentos estabelecidos em amor para durarem a vida toda são desfeitos, são quebrados. Os deveres e responsabilidades são rejeitados e planos e métodos contrários são imaginados e levados a efeito. O engano e a mentira prevalecem nos corações dos maus

O desastre consiste no fato de Adão e Eva serem os vice-regentes, Satanás não tinha recebido as prerrogativas reais, então, para que o pecado fosse introduzido no mundo era necessário que fosse pelos vice-regentes da criação. Sobre isto, Van Groningem diz o seguinte:
Satanás percebeu que para ganhar a influência no Éden e, conseqüentemente, introduzir o mal e o pecado dentro dele e, desse modo, em todo o cosmos, ele teria que ganhar o controle e a influência penetrante sobre os vice-regentes edênicos designados e qualificados por Deus Yahweh

A queda provocou conseqüências absurdas na criação. Agora no palácio real dos vice-regentes for instituído um reino contrário, aspectos que militariam contra os aspectos do Reino que Yahweh instituiu. A própria argumentação de Satanás para Eva já denunciava aspectos do reino parasita. Deus é mostrado como uma divindade ciumenta, insegura que teme que o homem se torne como Ele. Por causa disto, deu a ordem para que o homem não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal. Satanás se apresenta como um ser que veio esclarecer o homem da sua possível posição que o inseguro Yahweh tinha proibido. Gn 3.6 diz: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Van Groningem faz o seguinte comentário: “ Satanás fez Eva pensar que o fruto, atraente em aparência, quando comido, iria “le haskil” tornar sábio, eficiente, bem sucedido. Um Deus mesquinho havia contido o prazer e o sucesso dela” O que segui a isso foi a mais miserável desgraça. Van Groningem desenha o seguinte quadro:
Eles, então, perceberam que não haviam obtido prazer e sucesso como deuses, mas como seres humanos que duvidaram e desobedeceram, haviam perdido a dignidade e segurança dadas por Deus. Eles entenderam que estavam nus; eles foram expostos diante de Satanás, um diante do outro, diante do cosmos e diante de seu Deus. Eles haviam quebrado o seu relacionamento com Yahweh, com o cosmos e um com o outro. A transgressão, o fracasso, a desobediência, o pecado e o mal lhes haviam sido apresentados e eles sucumbiram. Eles se tornaram quebradores do pacto; perderam seu senso de serem governadores reais com Deus Yahweh. Eles tomaram do cosmos (folhas de figueira) sobre o qual eles deveriam governar, e se esconderam atrás delas. Desse modo, abdicaram do “trono” que Deus lhes havia dado; tornaram-se dependentes de folhas (de forma alguma duradoura) e, pelo seu uso, separaram-se um do outro e do seu Deus pactual. Tornaram-se indivíduos isolados e perderam o sentido de unidade e harmonia entre eles mesmos, entre eles e o cosmos e entre eles e Deus. A rendição de Adão e Eva a Satanás foi completa. Seu pecado contra Yahweh também foi. Quando seguiram as sugestões enganosas de Satanás, seus corações foram corrompidos; o pecado e o mal já tinham uma fonte ou raiz no Éden. Satanás obteve uma vitória. Ele ganhou o domínio sobre os vice-regentes pactuais de Yahweh e, por isso, sobre o cosmos. Satanás teve sucesso no estabelecimento do seu reino, trono e domínios substitutos. Ele estabeleceu seu reino no cosmos. Mas este era um reino parasita

Desse modo é estabelecida a inimizade que o Homem natural tem com seu Criador. A questão é: Chegou o fim o que tinha começado há tão pouco tempo? A resposta é Não! A verdade é que se Deus não tivesse quebrado esta relação de inimizade, o homem jamais poderia voltar a ser vice-regente pactual.
Por isso, quem está em Cristo é nova criação e experimenta reconciliação

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