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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Aliança da Consumação III

Quando observamos o conceito de corporativismo bíblico, devemos ter em mente alguns detalhes:
a- A aliança tem dois aspectos: Interno e externo
b- E conseqüentemente dois aspectos sacramentais: Interno e externo
Isto é importante entendermos, para compreensão do funcionamento do relacionamento de Deus com seu povo. Robertson diz:
A dimensão da promessa do corporativismo bíblico aparece plenamente nas estipulações feitas ao longo de linhas genealógicas. Ao entrar no relacionamento de aliança, Deus não somente faz promessas sobre a salvação do crente individual; oferece também promessas com relação à descendência do participante da aliança

Quando se diz que a aliança tem dois aspectos, interno e externo, isto aponta para realidades distintas ou não.
A aliança em seu contexto pleno é a que abarca os dois aspectos, mas fica evidente na historia da Igreja tanto do Antigo quanto do Novo Testamento que há certos indivíduos que só em “um” aspecto da aliança enquanto outros têm os “dois”.
O que seria isto?
Os indivíduos que só tem um aspecto e conseqüentemente um aspecto sacramental são aqueles que foram circuncidados na carne ou batizados, mas esta realidade externa não se manifesta de forma interna, ou seja, são circuncidados na carne, mas não são no coração. Da mesma sorte indivíduos que são batizados com água, mas não foram com o Espírito Santo, ou seja, não foram regenerados.
Os indivíduos que experimentam os dois aspectos são os eleitos de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Alguém poderia perguntar Qual a razão de dar o sacramento de iniciação para crianças? Não seria melhor esperar que elas crescessem? A resposta é que o sacramento visível não salva e não tem por finalidade a salvação e sim a iniciação na aliança, o circuncidado ou batizado na infância crescia no ambiente da aliança e sendo eleito Deus o circuncidaria ou batizaria. O aspecto interno da aliança quem aplica é Deus.
A comunidade da aliança é chamada para viver em comunhão com as clausulas da aliança, Van Groningen descrevendo o pecado de Judá disse:
O pecado contra o Deus Yahweh foi cometido ao serem quebrados os três mandatos da aliança da criação. Foram cometidos graves pecados espirituais; ídolos foram confeccionados e adorados. Também foram cometidos graves pecados sociais e culturais. Estes ficaram evidentes pela ignorância, rejeição e violação dos mandamentos do Deus Yahweh

Os eleitos de Deus podem quebrar as clausulas da aliança?
É claro que sim! Por serem pecadores, podem e fazem isto constantemente.
É neste ponto que necessitamos compreender algumas questões
1- O povo visível de Deus é misto, usando uma linguagem do Novo Testamento é formado por trigo e joio
2- Quando a Igreja está afastada por completo, ou seja, o trigo também está quebrando a aliança, ele recebe os castigos da aliança
3- O problema é distinguimos o que seria para uns, “disciplina do Senhor” e para outros, “juízo”
Como existe um corporativismo, dá mesma sorte que o joio é abençoado quando o trigo cumpre as clausulas da aliança, também quando o trigo se comporta como joio as maldições da aliança recaem sobre ele. De sorte, que não é prudente classificar quem é que no contexto da Igreja. Se porventura o evangelista não tivesse posto a história de Dimas (o ladrão da cruz) que diria que ele seria salvo? Se as Escrituras não falassem sobre o arrependimento de Manasses, certamente o classificaríamos como ímpio? E talvez fosse? Mas como podemos saber? Se as Escrituras não tivessem dito que Jacó era eleito de Deus, será que levando em conta seu passado, diríamos que ele era eleito de Deus?

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