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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como posso ser justo e bom, em uma sociedade injusta e má?

Essencialmente é impossível o Eu ser justo, há algo em mim que impede de fazer o que se deve ser feito, e quando faço o que se deve ser feito, o faço por forças externas a mim, temendo a aparente repressão sistêmica, ou seja, a que é feita pelo Estado.
Para sedimentar esses argumentos olhemos a história percorrida pela humanidade: Sempre existiram idéias maravilhosas, altamente éticas, mas, sempre a injustiça permaneceu. Tudo que Eu toco ou faço não consigo extrair o Maximo nem da coisa manipulada, nem de mim. O homem está constantemente se desenvolvendo culturalmente criando vários tipos de instituições, como por exemplo, o Estado, a Lei etc, pensando que o mesmo está chegando a níveis humanos jamais vistos, a realidade dessas transformações é aparente. Não é ontológica ou essencial.
O sistema no qual o Eu está inserido me impede também de ser justo. Suas patologias me impelem a ser corrupto, por mais que exista uma razão prática altamente elaborada pelo filosofo iluminista Kant o Eu nunca fui capaz totalmente de cumprir o que se deve ser feito, ou seja, justiça. Meus impulsos egologicos levados às ultimas conseqüências me alienam. Esta realidade essencial e sistêmica me vence na pratica, como posso ser justo e bom se essencialmente minha natureza é má e a sociedade reflete esta dimensão metafísica.
Sendo assim; não devemos cair num abismo sem fim, existe uma única alternativa e a mesma nos remete a recorremos ao absoluto, uma transformação não mais aparente e sim substancialmente, quando isso ocorrer poderei ser justo e bom, porque a sociedade não mais será má e injusta, logo seremos o reflexo de nossa natureza justa ou justificada.

Wilton Lins Junior
Membro da Congregação Presbiteriana Conservadora em Paulista
Graduado em História FUNESO
Cursando Pos graduação em Ciência Politica FUNESO
Cursando Filosofia INSAF

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